O telefone tocou e senti a mesma sensação de sempre, imaginava, antes
mesmo de atender, como tudo terminaria. Atendi. Uma voz sexy, rouca e
séria me perguntava se eu teria a noite de sexta livre, era quarta,
confirmei. Já nos conhecíamos do site, ele não precisava perguntar mais sobre meus horários, mas mantinha a delicadeza de confirmar afinal, eu era sua escort girl.
Na sexta pela manhã eu já sentia que seria diferente, sexto sentido feminino, talvez.
Quase pronta num espartilho vermelho contrastando a minha pele
branca, a calcinha bem cavada com um lacinho, como um presente. Cabelos
soltos, longos para facilitar a pegada e, por fim, o vestido solto e o
salto, que deixava minha bunda ainda mais empinada que o normal.
Me divertia com todo o ritual.
O interfone toca e já sinto o que me espera. Desci, e lá estava ele,
impecável, chegando perto e já ssussurrando “te olhando assim, eu seria
capaz de te comer aqui mesmo”. Respondi com o olhar, como um desafio.
Desafio bem entendido e respondido com outro olhar e um “ainda não”.
Entramos no carro e seguimos pro restaurante de sempre, um dos
melhores italianos de São Paulo, as mãos dele acariciando minha coxa,
sem precisar sequer chegar na calcinha para saber o efeito que causava
ali.
Chegamos e na recepção descobri que havia uma reserva, como de
costume, mas dessa vez para três. Me perguntei quem seria o terceiro
convidado. Não havia convidado, havia A convidada. Me perguntei
novamente qual seriam seus planos.
Todos a mesa, ele decidiu falar. “Essa, Carol, é a Julia. Sim, minha esposa…”.
“E qual a proposta?” eu sabia que havia uma e me deliciava a hipótese
que surgia na minha cabeça. Explicaram que eu seria o presente, a data
era importante e pedia algo “diferente”. Algo sobre o Aniversário de
casamento. Me perdi nessa parte da conversa, aquela boca me chamava com
aquele batom vermelho. Tão suculenta…
Ela, como eu, usava um vestido curto e discreto, com um decote em V
que acabava com qualquer outro pensamento que viesse a minha cabeça…
Pude ouvir ainda a parte em que ele dizia que a escolha foi dela, e
então Julia tomou as rédeas. Pediu a conta, me olhou cheia de tesão e
pediu que a acompanhasse ao banheiro. “Coisas de mulher, Renato” disse,
piscando com certa cumplicidade.
“Deixa ele com as contas, vem cá…”
O banheiro estava vazio, parecia tudo calculado. Eu louca de tesão por aquela mulher, sem entender o que ela faria.
Não precisei entender, ela se fez de inocente, pegou o pingente do
meu colar, fingiu interesse e me beijou, cheia de vontade e batom.
Retribui, tocando seu corpo, sua bunda, seus peitos, sentindo suas mãos
invadindo minhas coxas…
Acompanhantes Florianopolis, SC